sexta-feira, 15 de maio de 2009

UM POUCO SOBRE POETRIX

2009: 10 ANOS DE POETRIX!

Lançado o VII CONCURSO INTERNACIONAL DE POETRIX! Consulte o regulamento.


O POETRIX é um poema composto de título e uma estrofe de três versos (terceto) com um máximo de trinta sílabas métricas.

Este site destina-se a prestar informações e publicar poetrix, artigos, ensaios, entrevistas e outros textos referentes a esse gênero literário.

Para participar do Grupo Poetrix envie um e-mail para literatrix-subscribe@yahoogrupos.com.br



O haikai (em português: haicai) é uma palavra japonesa usada pela primeira vez pelo poeta japonês Matsuo Basho para definir as estrofes, exceto a primeira, do renga (outro poema japonês). Ele chamou a primeira de hokku. O renga é um poema composto de várias estrofes, sendo a primeira com três versos (5/7/5). O hokku logo ganhou independência, e o poeta Masaoka Shiki lhe deu o nome de haiku pela junção das duas palavras concebidas por Basho.

O poetrix, embora inicialmente proposto como evidente alternativa ao haicai, apresenta características próprias que o faz diferente. O Manifesto Poetrix, inicialmente, foi concebido da seguinte forma:


1. No POETRIX, o título é desejável, mas não exigível. Ele exerceria uma função de complementaridade ao texto, definindo-o ou sendo por ele definido. (depois, o título passaria a ser uma exigência)

2. Não existe rigor quanto ao número de sílabas, métrica ou rimas no POETRIX, mas o uso do ritmo e da similaridade sonora das palavras, sim. (depois, foi estabelecido o limite de 30 sílabas métricas)

3. O uso de metáforas e outras figuras de linguagem são uma constante no POETRIX, assim como a criação de neologismos.

4. A interação autor/leitor deve ser provocada através da subliminaridade do POETRIX.

5. O POETRIX é necessariamente uma arte minimalista, ou seja, ele procura transmitir a mais completa mensagem com o menor número de palavras.

6. O POETRIX considera Passado, Presente e Futuro como uma só dimensão: TEMPO, podendo ser utilizado indistintamente.

7. No POETRIX o observador (autor), as personagens e o fato observado podem interagir, criando condições suprarreais ou ilógicas ("non sense").

Posteriormente sofreu mudanças, como: exigência do título e ter um máximo de trinta sílabas. No plural a palavra poetrix não se altera, e os praticantes do estilo são chamados de poetrixtas. A partir deste estilo de poesia, no largo intercâmbio praticado pelos autores no grupo virtual POETRIX (literatrix-subscribe@yahoogrupos.com.br), foram criadas outras variações, e chamadas de “Formas Múltiplas do Poetrix”. As quais temos: duplix, triplix, multiplix (criações coletivas criadas por dois ou mais poetrix, conforme indica as palavras), clonix ( gerado a partir de outro já existente), graftix (ilustrado), concretix ( poetrix concreto) e cirandas ( séries de poetrix temáticos).

O MIP constitui-se numa organização responsável pela difusão do poetrix. É responsável pelo site POETRIX – www.movimentopoetrix.com. Vários autores trocam diariamente informações e poetrix no grupo POETRIX, já citado e do qual faço parte.

Sabemos que existem muitos tercetos que se enquadrariam perfeitamente na descrição do poetrix. Por isso, quero terminar com as palavras da escritora e poetisa Leila Miccolis no seu “Curso de Carpintaria Poética – o fazer poético”: “Há muita gente que classifica meus tercetos como Poetrix e eu contesto: não, não são poetrix até porque, na década de 70, o poetrix ainda não havia nascido. Sendo posterior, não posso ter escrito algo que não tinha se constituído como tal. Na atualidade, posso até vir a escrever um Poetrix, é proposta muito interessante, embora ainda não o tenha feito. Com isso, quero dizer que, não é porque se escreve um terceto com no máximo 32 sílabas (observação minha: 30 no caso como preconiza o MIP) que, obrigatoriamente, estamos escrevendo um Poetrix ou entrando para o Movimento. É o autor quem classifica o gênero de seu texto poético, assim como escolhe o gênero de história que vai contar em um filme, por exemplo – comédia romântica, drama social, mistério psicológico, etc. Um drama pode ser parecido com um mistério psicológico, e é o escritor quem, definindo o tipo de gênero adotado, tentará ser o mais convincente dentro do estilo escolhido. De qualquer forma, penso que o leitor, conhecendo um pouco das técnicas da carpintaria poética, acabará percebendo, por ele mesmo, se a intenção do poeta foi escrever um haicai, um poetrix, um terceto clássico, um moderno, ou um poema-minuto.”


Movimento Poetrix.

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